segunda-feira, março 30, 2009

Role Playing Game e inclusão digital

Pois é, gente. Não foi dessa vez que o blog passou um ano sem atualização, né? O tal do twitter têm roubado um bocado do meu tempo digital.

Enfim, eu, blogueira relapsa, passsei aqui pra contar uma experiência bem legal que eu tive no último sábado. Finalmente consegui ganhar dinheiro com RPG - olha só que coisa! Participei do projeto de inclusão digital do governo do estado de São Paulo, o Acessa SP. E o que RPG tem a ver com inclusão digital? Tudo.

O referido projeto, além de promover a inclusão digital, oferece estágio remunerado a adolescentes de 17, 18 anos, que receberam treinamento para trabalhar nos telecentros do projeto Acessa Escola como monitores. A primeira etapa de capacitação foi conduzida pela Escola do Futuro da USP e para simular essa experiência de monitoria, os organizadores lançaram mão de oficinas de RPG. Meu trabalho era orientar os "mestres de primeira aventura" a conduzir os jogadores, também inexperientes, através de uma aventura que simularia a atividade dos monitores dentro de uma das salas do projeto. O roteiro da aventura sugeria situações que poderiam acontecer durante o trabalho dos estagiários.

Ao contrário do pré-conceito que a maioria das pessoas tem sobre o jogo, se a molecada conhecesse RPG, não se meteria em metade das encrencas em que se metem. Eu e muitos dos meus amigos que jogam RPG só ganhamos com horas e horas debruçados sobre um grid e dezenas de dados. O aprendizado sobre uma mesa de RPG abrange geografia, cultura, história e até inglês, visto que muito material sobre RPG é encontrado somente nesse idioma.

Foi uma experiência muito interessante e uma satisfação enorme ver o RPG, que tanto preconceito sofre, aplicado a uma ação pública e de importância educacional e social, como essa.